richo do sangue

LUZ QUE NOS ENSINA E ESCLARECE AS NOSSAS VIDAS,TE AGRADECEMOS EM NOME DE JESUS O AMOR QUE DERRAMAS SOBRE NÓS VOSSOS IRMÃOS PEQUENINOS QUE ANDAMOS NA ESTRADA DA EVOLUÇÃO.

SOLAR BEZERRA DE MENEZES

Solar Bezerra de Menezes
Casa de Assitência Social a Criança e Apoio ao Grupo Familiar
Campo de São Cristóvão 402 - São Cristóvão - RJ  - CEP: 20921-440        Tel: 2580-8478 / 3860-0231
Homenagem ao aniversário de BEZERRA DE MENEZES, em 29 de agosto. Durante todo o mês de Agosto, em nosso Solar Bezerra de Menezes, teremos momentos de reflexão sobre o SERVIÇO no BEM, pelo nosso querido amigo BEZERRA de MENEZES.

Louvores à Maria!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

NINGUÉM DETÉM A MARCHA DA DOUTRINA ESPÍRITA!-BEZERRA DE MENEZES

 SANTO AGOSTINHO GUIA ESPIRITUAL DE BEZERRA DE MENEZES.

 
"Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar."

BEZERRA DE MENEZES
CONSELHOS QUE DESCEM DO ALTO:
  
    Foi numa noite fria de Julho que o grupo, constituído pelos membros da diretoria, bateu à porta da casa do "médico dos pobres".
    Posto ao corrente do que sucedia e ciente da decisão que arrastara os confrades á sua residência, Bezerra de Menezes balançou a cabeça,desalentado,procurando excursar-se ao pedido.
    Não, não podia e nem devia acender a ele. Seu estado de saúde já não mais lhe proporcionava a energia necessária para arcar com tamanha trabalheira.
   Sentia-se cansado, exausto de lutar contra a vida e contra os homens. Isso no entanto, não lhe parecia um argumento decisivo, dada a tenacidade com que costumava empreender as campanhas em prol da doutrina.
   O que o impedia de aceitar o cargo não era tanto a fraqueza orgânica, nas, sobretudo o dissídio criado na doutrina espírita, entre místicos e científicos.
   Não se sentia com forças para acomodar toda aquela gente, cujo os ânimos cada vez mais se acirrravam em franca adversidade.
    Para que os foram convidar não havia argumentos capazes de justificar a desistência do velho mestre.
Apelaram para tudo: para a sua bondade, para a sua ascendência sobre os confrades, para a sua força moral e, sobre tudo, para o seu espírito de extrema tolerância,único que poderia promover a conciliação.
   -Realmente- ponderaram- só quem compreende o Espiritísmo dentro do Cristianísmo, será capaz de harmonizar inimigos tão incompreensivelmente irreconciliáveis.
     Bezerra era, o que se pode dizer, um legítimo cristão.
     A suavidade de sua crença e a firmeza de suas convicções estavam alicerçadas na bondade ilimitada de Jesus e no seu espírito inigualável de tolerância e de perdão para todos os erros alheios.
     E foi essa feição que o obrigou a inclinar-se diante do apêlo dos amigos.
     Com a perspectiva de poder conciliar a grande familia espírita em torno do ideal cristão, o venerando ancião prometeu pensar. E pediu um prazo de alguns dias a fim de que pudesse ouvir primeiramente o que lhe iria aconselhar o seu guia espiritual, o espírito de Agostinho.
    Os outros concordaram e resolveram esperar. 
     No dia seguinte, Bezerra de Menezes dirigiu-se para a sede do grupo de Ismael.
     Realisava-se alí a sessão costumeira das sextas feiras.
    Assumindo a presidência dos trabalhos, "o médico dos pobres" deu início aos mesmos, dirigindo a assistência algumas palavras de abertura.
    Notaram todos, desde logo, que o mestre estava visivelmente conturbado. Seus olhos brilhavam, com um brilho estranho que traduz as emoções profundas.
    Mergulhando a cabeça entre as mão trêmulas, Bezerra abismou-se em profunda concentração...
    Elevou-se no silêncio da sala a voz grave do confrade Bittencourt Sampaio que proferia a prece inicial:
     -Jesus! permite que possamos trilhar nosso caminho, tão crivado de urzes e de espinhos, com a coragem e o alento necessários. Que o teu espírito sublime consiga, para nós, a bênção de amor e de fraternidade, a fim de que possamos transmitir aos nossos irmãos que sofrem. É isto o que solicitamos da tua eterna bondade..."
    Gravimente a voz de Bittencourt Sampaio enchia de sonoridades estranhas o silêncio do ambiente.
     Por fim, calou-se. Em um longo murmúrio, a assistência acolheu a bênção; e dispuseram-se todos para o início dos trabalhos.
     Bezerra de Menezes, no entanto, permanecia com a cabeça afogada entre as mãos. Sob a estranheza geral, seus ombros começaram a ser sacudidos, convulsamente.
   O "médico dos pobres" soluçava. Ergueu por fim a cabeça. De seus olhos corriam abundantes as lágrimas que lhe orvalhavam a neve espessa das barbas.
   A todos pareceu constrangedor o aspécto daquele ancião cujo o semblante nazareno traduzia a bondade que morava em seu coração, chorando como uma criança, em frente de uma assisência comovida e atônita.
    Assim ficou durante a primeira parte da sessão que, naquele dia, era destinada ao recebimento de mensagens psicografadas. Finalmente, quando se anunciou o debate dos temas, Bezerra denunciou as causas da sua aflição.
   Contou as últimas ocorrências no seio da família espírita; as dissensões entre os grupos, os trabalhos da Assistência e as fundas divergências surgidas no seio da Federação.
   Relatou o convite que recebera para assumir as rédeas do governo daquela entidade. Confessou que não se sentia com forças para o que lhe pediam.
   Estava exausto e a vida não lhe sorria, exigindo todo o seu esforço disponível. 
    Mesmo assim, declarou que estava alí para receber as sugestões do mundo espiritual, cujas ele pometia seguir, obdientemente. Disse e esperou.
  Alguns momentos após, o próprio espírito de Agostinho, incorporado no médium Frederico Júnior, veio dirigir-lhe palavras de conforto, aconselhando-o a lutar mais.
   Concitou-o a desenvolver seus esforços no sentido de ampliar a campanha sob a bandeira de Deus, Cristo e Caridade.Como batalhador de primeira linha- pois que era uma espírito de escol- devia aceitar a presidência da Federação. Dalí, maiores seriam ainda os benefícios que ele iria prestar aos sofredores.
    Finalizando, Agostinho prometeu auxiliá-lo,assistindo-lhe carinhosamente os passos, no percurso de mais esta senda que ele iria percorrer.
    Consoante  a promessa que fizera Bezerra de Menezes viu-se obrigado a obedecer. E, resignado, anunciou  naquela mesma noite que aceitava o cargo de presidente da Federação Espírita Brasileira.
    No dia seguinte , trnasmitiu aos amigos essa decisão.

Pinçado do livro Bezerra de Menezes-Francisco Acquarone

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