METANOIA-Simbolo de transformação espiritual.

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            E Zaquel, com a coragem dos que não querem perder a grande oportunidade, indaga a Mateus se era necessário cumprir algum rito para integrasse ao grupo dos discípulos de Jesus. Mateus fala do batismo de João. Diz que o Mestre, ele mesmo não batizava(Jo.,4:2), e sim seus discípulos. E vendo o olhar de Zaquel, que divagava entretecido por não ter ido buscar o batismo de João, anuncia que era hora, a boa hora de realizar o grande símbolo de transformação espiritual(metanoia). E numa parada obrigatória da íngreme  estrada Jericó-Jerusalém, numa fonte refrescante, Mateus, chamando Pedro e Felipe,sob as vistas de Jesus, batizam com água o ex-publicano, que abrindo a alma para Cristo, revela-se a si mesmo, sentindo-se mergulhado por um  FOGO DE AMOR(Lc.,3:16) que emanava do olhar de Jesus.

Zaquel sabendo da troca do nome , como parte do significado de ser "nova criatura em Cristo"(IICor.,5:17), homem novo, antes de qualquer providência sobre isso, solicita, ele mesmo ser chamado de MATEUS; primeiramente, pelo grande presente que recebeu de Deus de ter Jesus em sua casa, em sua vida; segundo, pelo ex-publicano Leví, o seu atual amigo em Cristo, Mateus, que foi medianeiro para o seu inesquecível encontro com o Mestre de Nazaré. E para não haver confusão de nomes no grupo, sugeriu uma pequena variante, como MATIAS.

Surge um novo discípulo do CRISTO, que de há muito e muito séculos fazia parte dos seareiros de Jesus entre os patriarcas de Israel.

    Léon Tolstoi afirm através do espíriio Zaquel: Não, eu não o abandonei jamais, desde aquele dia em que passou por Jericó! Segui-o. E o pouco que ainda viveu depois disso teve-me em suas pegadas para ouvi-lo e admirá-lo.(1969,p.18.);


 Muito sofri e chorei quando esse Mestre foi levantado no suplício da cruz...Assisti aos estertores da agonia sublime, naquela tarde de 14 de Nizan...(p.18).
  
E Zaquel, mostrando-se corajoso e completamente afinizado ao magnetismo de Jesus, revela-se espiritualmente ao grande escritor russo:


- Eu não me ocultei das autoridades, receando censura ou prisão, nem tive preconceitos, e tampouco me importunei  com a vigilância dos tiranos de Roma ou o desrespeito dos asseclas do Templo de Jerusalém. Achava-me bem visível entre o povo, transitando pelas ruas, embora ignorado, humilhado pela minha condição de funcionário romano...(p.18).


O 13º Apóstolo
As Reencarnações de Bezerra de Menezes- Jorge Damas Martins.